26/06/2008

A Intervenção do meu Grupo






Com base no que estudamos até agora em ARTÍSTICA eu e meu grupo resolvemos fazer uma “releitura” de uma das ações do Grupo de intervenção urbana GIA “Balões Vermelhos”, a ação que resolvemos fazer é CONVITE COM BALÕES..
O parque da nossa cidade é pouco usado pelas crianças, chegamos a conclusão que faltava um atrativo a mais para as crianças irem até o parque, então resolvemos deixar nosso parque que foi parte muito significativo na nossa infância, mais atrativo para as crianças....
Nossa intervenção conta com vários balões de todas as cores, cheios e vazios, pendulados nos brinquedo, nas arvores, e com o mais importante, juntamente com os balões no parque colocamos o convite para as crianças participarem em vários horários durante todo o mês.
No começo parecia esquisito, mas tudo vai tomando significado a partir do momento que começamos realizar a ação. Ela tornasse parte da nossa vida!
O Parque estava completamente vazio quando realizamos a ação, mas espero ansiosamente o resultado. Por mais que a professora tenha nós explicado que o mais importante é a realização da ação e não o rumo q isso vai tomar depois... para meu grupo foi quase impossível não pensar na cara das crianças passando pelo parque interferido.
Adorei essa atividade e acho que deveríamos dar continuidade, pois acredito que uma cidade interferia é uma cidade melhor....



19/06/2008

Grupo GIA


SEDE: Salvador, Ladeira da Fonte CARACTERÍSTICAS: linguagem artística contemporânea, diversidade, meios, locais, forma de atuação, cidade como suporte. POSTURA: buscar suscitar uma reação nas pessoas, que não apenas a contemplação.
O GIA surgiu nas dependências da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA – UFBA), quando os estudantes que participavam das reuniões informais do Ateliê Livre do Aluno decidiram partir para uma organização mais ativa e criaram o grupo. Apesar de terem realizado juntos uma exposição na EBA, o grupo só viria a se consolidar num encontro estudantil em São Paulo (repensando o Brasil, 2002), quando conheceram PIA – Projeto de Interferência Ambiental, que organiza projetos a nível nacional.

GIA – Grupo Imersão Ambiental
Ativo desde 2002Origem: Salvador – BA

Composto por:Cristiano Píton
Everton Marcco
Ludmila Brito
Luis Parras
Mark Dayves
Pedro Marighella
Priscila Lolata
Thiago Ribeiro
Tininha Llanos

O GIA criou sua sede - a Casa da Fonte - e realizou o "Salão de m.a.i.o - Manifestações artísticas e intervenções ousadas" que contou com participações do Brasil, Espanha e Chile.

As propostas do GIA revelam um entendimento da obra de arte como entidade subjetiva, fragmentária, aberta e instável. Suas intervenções questionam a natureza convencional do objeto artístico, encurtam a distância entre arte e cotidiano, e através do absurdo, utilizando-se da provocação e da ironia, corroem o prestígio social e o valor mercadológico da obra de arte tradicional. O artista contemporâneo está entre dois vazios: o espaço público e o da arte atual. O percurso do GIA até aqui é mais uma das tentativas contemporâneas de retomada do espaço público e da arte.
Balões Vermelhos
A ação “Balões Vermelhos” foi criada em 2002 na cidade de Salvador. A idéia surgiu após um balão vermelho entrar pela janela de um apartamento no vigésimo andar de um edifício da cidade, nesta época festejavam-se as figuras de Santa Bárbara e automaticamente Iansã. A cor usada nesta comemoração é a vermelha, onde aparece em roupas, objetos e decorações das casas dos fiéis. Feita a analogia entre a entidade Iansã, que na crença afro americana simboliza as tempestades e a fúria da natureza bem como o domínio do tempo, da natureza. Assim os balões são uma ação no tempo, ela depende do vento para se propagar. Desta forma os pontos vermelhos no céu materializam o caminho do vento, sinalizam sua existência e seu rumo.
As mensagens enviadas nos balões dependem em geral do contexto em que a ação acontece. Como uma mensagem dirigida exclusivamente para o outro sob o efeito do acaso elas atuam, sobretudo, pela surpresa. O ato de esperar o balão cair, atitude lúdica, reforça o sentido de tempestade já que a intenção de enviar mensagens para o passante vem no sentido de despertar a consciência.

Suas ações refletem uma compreensão da arte que se aproxima muito mais da produção de experiências do que da criação de objetos artísticos únicos e acabados. Trata-se, na sua maioria, de trabalhos efêmeros, realizados a partir de materiais simples e baratos, e pautados na elaboração de situações que se infiltram nos espaços da vida e buscam promover um certo estranhamento, encantamento ou indagação por parte do público.

“Acredite nas suas ações.”

Portfólio de Artística

Esse será o meu portifólio das aulas de artística.....
Pra ser sincero, não tenho muito pra falar das primeiras aulas de artísticas com a prof Fabi, pois eu sou o aluno que disse na primeira aula que o o mundo não precisa de arte que eu não precisava de arte e que não gostava das aulas de arte.
Não gostei também quando a professora me falou que no momento não poderia fazer nada por mim, mas que ela tinha mais 18 aulas pra me fazer mudar de ideia.... ela também me disse que as pessoas dificimelte vão gostar de alguma coisa que não conhecem.....
Falei pra professora Sandra no final da primeira aula que a estágiaria estava se achando....(hoje peso desculpas por isso) entendi o que ela queria me dizer quando juntamente com meu grupo fui apresentar o trabalho que eu tinha ficado responsável para acabar, porque meus colegas de grupo não tinham internet, nossa apresentação na verdade foi um fracasso, pois o que teriamos pra apresentar não tinha nada haver com o que ela tinha solicitado talvez ou com certeza por não ter me interessado nas primeiras aulas não fiz a pesquisa correta meu grupo apresentou o tudo sobre a literatura e quase nada de arte. A partir dai que eu me toquei da importância de saber o que era arte, porque uma pessoa precisa entender um pouco de arte, conhecer arte......
A professora foi muito compreensiva, explicou a diferença de uma coisa e outra e até a ligação de um assunto e outro, me senti culpado e resolvi pesquisar mais sobre o assunto e na outra aula a professora me ouviu e tirou minhas dúvidas ......
Na verdade eu estava gostando da maneira que ela estava dando aula, pois nós nunca tinha tido uma aula com imagens e explicações no datashow as aulas de artística foram ficando cada vez melhor e agora com essa idéia de trabalharmos arte contemporânea com um dos meios que mais me atraem que é o computador não tenho mais nada a dizer está simplesmente show.
Não é pra puxar saco mais agora estou gostando das aulas de artísticas e a maioria dos alunos já pediram pra professora Sandra continuar depois do estágio com esse tipo de aula. As aulas de artística agora passam muito depressa.
Ricardo

05/06/2008

MONTEIRO LOBATO

Monteiro Lobato expressou em um artigo toda a sua indignação com a obra de Anita Malfatti, de inspiração cubista. Publicado no jornal O Estado de São Paulo, o texto "Paranóia ou Mistificação?" é, até hoje, o exemplo mais nítido de resistência à pintura moderna.

PARANÓIA OU MISTIFICAÇÃO

PARANÓIA OU MISTIFICAÇÃO
(texto publicado no jornal " O estado de São Paulo" )
Autor: Monteiro Lobato

Embora se dêem como novos, como precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu como a paranóia e a mistificação. De há muito que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios. A única diferença reside em que nos manicômios essa arte é sincera, produto lógico dos cérebros transtornados pelas mais estranhas psicoses; e fora deles, nas exposições públicas zabumbadas pela imprensa partidária mas não absorvidas pelo público que compra, não há sinceridade nenhuma, nem nenhuma lógica, sendo tudo mistificação pura.


TEXTO DE MONTEIRO LOBATO (JORNAL O ESTADO DE SP)
Há duas espécies de artistas.Uma composta dos que veêm normalmente as coisas(..) A outra espécie é formada pelos que vêem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva.(...) Embora eles se dêem como novos, percursores de uma arte a vir, nada é mais velho do a arte anormal ou teratólogico: nasceu com a paranóia e com a mistificação(...) Essas considerações são provocadas pela exposição da senhora Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das estravagâncias de Picasso e companhia.

ANITA MALFATTI

ANITA CATARINA MALFATTI
1889 -1964
Anita Malfatti nasceu em São Paulo em 02 de dezembro de 1889, filha de um engenheiro italiano e mãe americana. Anita nasceu com um problema congênito que lhe limitava movimentos do braço e da mão, no lado direito. Após cirurgia realizada no Brasil , seu braço não adquiriu os movimentos naturais, foi treinada a utilizar a mão esquerda, tornando-se canhota por necessidade.Estudou a Escola Normal do Mackenzie College, o talento para pintura sensibilizou seu tio e padrinho, que patrocinaram uma viagem de estudos à Alemanha., onde teve inicialmente aulas particulares no ateliê de Fritz Burger. No ano seguinte matriculou-se na Academia Real de Belas-Artes.Visitando uma exposição da Sounderbund (grupo de pesquisa), tomou contato com a arte dos rebeldes, desligados do academismo ensinado nas escolas, fascinada, aproximou-se do grupo e passou a ter aulas.Retornou ao Brasil em 1914, viajando em seguida para os Estados Unidos, onde matriculou-se na Art Students League, uma associação desvinculada das academias, onde teve a liberdade de pintar o que desejasse, com toda a força própria de criação sem quaisquer limitações estéticas. Foi o período mais marcante de sua criação, no qual pintou O homem amarelo, Mulher de cabelos verdes, O japonês, e vários outros quadros.Anita sentiu-se preparada para retornar ao Brasil, mas não sabia se o Brasil estava preparado para Anita.Em 1916, Anita retorna ao Brasil, para expor sua nova concepção de arte, voltada para o expressionismo, confiando nos comentários e palavras de incentivos de amigos, não hesitou em alocar um espaço do Mappin Stores onde 12 de dezembro de 1917, realizou uma única apresentação. Ninguém poderia supor que Monteiro Lobato um pré-modernista, que sequer foi à exposição de Anita, disparasse contra a pintora artigos no jornal O Estado de São Paulo", na verdade Lobato queria atingir os amigos da pintora (os modernistas) e tornou Anita seu alvo principal.Nem mesmo as palavras mais afáveis, ou menos agressivas, despejadas ao final do artigo, nem os elogios ao seu talento, foram suficientes para desfazer o estranho sobre Anita, que caiu em forte depressão, vivendo um período de desorientação, um sentimento que carregou para o resto da vida. Passado um ano, Anita foi tomar aulas de natureza-morta, ocasião em que conheceu Tarsila do Amaral e teve inicio uma amizade. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, e viajou a Paris, onde se encontrou com Tarsila, Oswaldo, Brecheret e Di Cavalcanti, voltou mais confiante, mas disposta a não se atirar a novas aventuras. Sua arte, a partir daí virou uma salada russa.Já com idade madura, Anita mudou-se para uma chácara em Diadema (SP), onde faleceu em 06 de novembro de 1964, alienada do mundo, cuidando do jardim e vivendo seus próprios devaneios.

Arte Moderna

Arte Moderna é o termo genérico usado para designar a maior parte da produção artística do fim do século XIX até meados dos anos 1970 (embora não haja consenso sobre essas datas e alguns de seus traços distintivos), enquanto que a produção mais recente da arte é chamada freqüentemente de arte contemporânea (alguns preferem chamar de arte pós-moderna).A arte moderna se refere a uma nova abordagem da arte em um momento no qual não mais era importante que ela representasse literalmente um assunto ou objeto (através da pintura e da escultura) -- o advento da fotografia fez com que houvesse uma diminuição drástica na demanda por certos meios artísticos tradicionais, a pintura especialmente. Ao invés disso, e é aí que a idéia de moderno começa a tomar forma, os artistas passam a experimentar novas visões, através de idéias inéditas sobre a natureza, os materiais e as funções da arte, e com freqüência caminhando em direção à abstração. A noção de arte moderna está estreitamente relacionada com o modernismo.